“Viajar pelo próprio país tem tudo para ser a salvação do turismo”, afirma evento

Diversos nomes do setor de turismo estão debatendo semanalmente sobre como será o futuro do viajante e principalmente daqueles que assim como este site é apaixonados por hotéis. Aconteceu na última terça-feira, 19, um encontro virtual promovido pela LIDE Rio de Janeiro, com Dilson Verçosa, diretor de vendas da American Airlines para América do Sul e Central, e Michael Nagy, diretor de vendas e marketing do Fairmont Rio de Janeiro Copacabana. Os executivos falaram sobre os desafios na nova indústria do turismo, entre as conclusões, frente a um cenário novo e difícil para qualquer previsão sobre o que irá acontecer, ambos concordam que o mercado interno será o 1º cliente, e que é preciso ser transparente na comunicação das medidas que estão sendo tomadas, pois isso será nitidamente uma cobrança do consumidor.

Para Verçosa a situação atual é muito complicada por ser algo absolutamente novo. Não sabemos como será e nem como o mercado vai reagir na pós-pandemia. disse ele. Em comparação com 11 de setembro, que o inimigo era a segurança, essa crise lida com um inimigo invisível, difícil de prever. A American Airlines tem feito uma série de ações para uma retomada mais rápida, como uma aliança com a GOL, para que os passageiros possam usar as milhas nas duas empresas em um prazo maior. Um grande foco será na limpeza das aeronaves, combinada com ações similares nos aeroportos, com um protocolo de viagem mais rígido. O mercado doméstico deve ser o primeiro a voltar. As tarifas das passagens começarão menores, devido à baixa procura, mas os valores tendes a aumentar de acordo com medidas futuras a serem tomadas, como o bloqueio de assentos para promover o distanciamento, por exemplo. É sabido algumas medidas se tornam insustentáveis no ponto de vista econômico. Completou.

Nagy afirma que o setor está todo parado, com as iniciativas sendo tomadas a cada dia. A Accor, por exemplo, foi rápida nos processos e está focando no bem-estar dos colaboradores, através de fundos entre a rede e os investidores. 80% dos colaboradores foram mantidos. Novos protocolos estão sendo aprendidos a cada dia, de acordo como a situação vem se desenvolvendo. A retomada vai depender de muitos fatores, inclusive uma atenção maior do governo em relação ao Turismo, mercado que movimenta milhões por ano.Também acreditamos que a retomada vem com o público interno, ainda mais no Rio de Janeiro, com opções de lazer nas praias (ar livre) e fácil acesso por rodovias e aeroportos. O Fairmont vem estudando como adequar os produtos internos a essa nova realidade (spa, restaurante, bar, academia) para que haja segurança da saúde e bem-estar de hóspedes e de seus colaboradores no retorno. Ainda não há uma data definida para a reabertura do hotel, em 2 ou 3 semanas essa data poderá ser anunciada. A equipe tem analisado diferentes cenários e planos de retomada para que seja da forma mais segura e viável. Só abrir não é a única preocupação. É preciso abrir e ter condições de operar, e isso depende das regras sanitárias das cidades e países.” disse.

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