Hotel Gellért será reaberto em 2027 após restauração histórica em Budapeste

Após anos de abandono e silêncio, o Hotel Gellért, um dos edifícios mais emblemáticos da capital húngara, prepara-se para um retorno triunfal. Fechado desde 2019, o hotel que já foi símbolo da elite europeia está em plena restauração, e tem reabertura prevista para 2027 sob a gestão da rede Mandarin Oriental. Mais do que uma reabertura, trata-se da revitalização de um patrimônio histórico, um exercício meticuloso de respeito à memória e reinvenção do luxo.

Construído em 1918 à margem do rio Danúbio, o Gellért não era apenas um hotel, mas uma experiência arquitetônica e social. Seu estilo Art Nouveau, aliado a soluções inovadoras como telefone nos quartos e água termal encanada, posicionou-o à frente de seu tempo. Por décadas, foi palco da vida diplomática, cultural e artística de Budapeste — até que a decadência imposta pelo pós-guerra e pelo regime comunista apagou, aos poucos, seu brilho original.

Hotel Gellért | Foto: Divulgação
Hotel Gellért | Foto: Divulgação

Hoje, esse mesmo brilho volta a ser polido com rigor técnico e sensibilidade histórica. A missão está nas mãos do grupo de investimentos húngaro BDPST, que adquiriu o imóvel em 2022 e deu início, em outubro de 2024, a uma profunda restauração. O projeto envolve dois nomes de peso: o estúdio britânico Alexander Waterworth Interiors, responsável pelo design de interiores, e o escritório local Archikon Architects, encarregado do resgate arquitetônico.

As obras têm revelado mais do que rachaduras e desgaste: descobertas preciosas, como padrões decorativos originais sob camadas de tinta da era soviética e um teto artesonado oculto por forros modernos, estão guiando a restauração com base em fotografias antigas e plantas originais. Espaços como o saguão, o Salão Danúbio e a Sala Gobelin estão sendo reconstruídos com o mesmo esmero artesanal de mais de um século atrás.

“Acreditamos que a inovação sempre fez parte do DNA do Gellért. Nosso desafio é honrar essa herança com soluções contemporâneas”, afirma Zoltán Kecskeméthy, diretor da BDPST Real Estate Development. “Queremos que ele volte a ser um ponto de encontro da cidade — não um museu do passado, mas um hotel vivo, pulsante”.

Hotel Gellért | Foto: Divulgação
Hotel Gellért | Foto: Divulgação

Com 134 quartos, sendo 34 suítes, o novo Gellért irá combinar tradição e modernidade. Um spa exclusivo da Mandarin Oriental promete elevar o padrão de bem-estar, enquanto um sky bar panorâmico no terraço adiciona um toque contemporâneo à experiência de hospedagem. A gastronomia, outro pilar da revitalização, busca atrair tanto viajantes internacionais quanto moradores locais — um resgate intencional da função social que o hotel desempenhava em seus tempos áureos.

Hotel Gellért | Foto: Divulgação
Hotel Gellért | Foto: Divulgação
Hotel Gellért | Foto: Divulgação
Hotel Gellért | Foto: Divulgação
Hotel Gellért | Foto: Divulgação
Hotel Gellért | Foto: Divulgação

Vale lembrar que as vizinhas Termas Gellért, embora administradas pela prefeitura, continuarão a ser um atrativo complementar à experiência do hotel, que nasce renovado com vocação para ser mais do que um cinco estrelas: um símbolo da nova hotelaria de patrimônio, onde o passado é a base sobre a qual se constrói o futuro.

Com a marca Mandarin Oriental como parceira — reconhecida por seu respeito às identidades locais —, o Gellért volta ao mapa global da hotelaria de luxo. Mas, mais importante do que isso, ele retorna à vida cotidiana de Budapeste. Um edifício que deixou de ser apenas parte da paisagem para se tornar novamente parte da cidade.

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