Alexandre Allard anuncia projeto Mata Maravilha no Rio com hotel em silos históricos e foco em luxo sustentável

Depois de deixar sua marca em São Paulo com o sofisticado complexo Cidade Matarazzo, o empresário francês Alexandre Allard volta seus olhos para o Rio de Janeiro com um projeto que promete redefinir os conceitos de urbanismo, hotelaria e sustentabilidade na capital fluminense. Batizado de Mata Maravilha, o empreendimento será desenvolvido em parceria com a prefeitura do Rio e faz parte do programa de revitalização Porto Maravilha.

Com área total de 223,4 mil metros quadrados, o projeto terá como ponto central o icônico Moinho Fluminense, imóvel histórico fechado desde 2015. A estrutura será transformada em um hotel de alto padrão, com suítes instaladas nos antigos silos de grãos e diárias estimadas a partir de R$ 1 mil. A ambientação valorizará a memória arquitetônica do prédio, aliando conforto, design e uma experiência única para hóspedes que buscam exclusividade.

Além do hotel, o Mata Maravilha contará com duas torres de uso misto com 70 andares cada, uma marina na Baía de Guanabara, um lago artificial de água doce com entrada gratuita, e um parque urbano interligando a orla à Praça da Harmonia, com o plantio de 50 mil árvores nativas de grande porte.

“Será possível aproveitar a cultura incrível da cidade mais linda do mundo, com equipamentos de ponta. Os melhores do mundo. É um pacote que fará do Rio a maior capital da inovação do Sul Global”, afirmou Alexandre Allard em entrevista ao jornal O Globo.

O projeto aposta na sustentabilidade como eixo central, com ênfase em atrair empresas de tecnologia verde e inovação. Segundo Allard, os galpões do complexo terão 67 mil metros quadrados de painéis solares, e o espaço será voltado a nômades digitais e empreendedores com foco em soluções ambientais.

Para viabilizar a iniciativa, serão necessários R$ 4,8 bilhões em investimentos, parte dos quais será obtida por meio de parcerias público-privadas. A Autonomy Capital, atual proprietária do Moinho Fluminense, será uma das principais aliadas de Allard na construção do novo hotel. Já a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar) atuará como ponte com o município, que possui imóveis na região.

O cronograma prevê a inauguração de áreas culturais, gastronômicas e de convivência a partir de 2027. Já as torres devem ser entregues entre 2029 e 2032. Entre as novidades está também a criação de um campus universitário internacional, com 10% das vagas destinadas a moradores de comunidades vizinhas como o Morro da Providência.

Alexandre Allard anuncia projeto Mata Maravilha no Rio de Janeiro | Foto: Divulgação
Alexandre Allard anuncia projeto Mata Maravilha no Rio de Janeiro | Foto: Divulgação

“Será um lugar 100% autônomo. Nossa área de desenvolvimento de tecnologia verde testará todas as inovações junto à favela. A comunidade aproveitará imediatamente essas inovações”, destacou Allard.Inspirado pelo sucesso do projeto paulista, onde investiu cerca de R$ 3 bilhões para criar a Cidade Matarazzo — hoje lar do primeiro hotel ultraluxo Rosewood no Brasil —, Allard agora busca aplicar no Rio de Janeiro um modelo similar de requalificação urbana com forte viés social e ambiental.

“Haverá alto padrão, mas não terá algo de ultraluxo como o Rosewood (o hotel na Cidade Matarazzo). Não tenho nada contra isso, mas acho que o projeto tem outro estilo. A ideia é que no Mata Maravilha os valores sejam mais acessíveis”, garantiu.

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