The Brando: Eco-resort luxuoso e privativo de Marlon Brando na Polinésia Francesa
Você acha que é possível encontrar nesse mundo um hotel que combine luxuosidade, exclusividade, cenários paradisíacos, sustentabilidade e um ator hollywoodiano? Pois não só é possível, como existe. Ele se chama The Brando, santuário ecológico no atol Tetiaroa, o mais central da Polinésia Francesa, ao norte do Taiti. Um atol é uma lagoa em meio ao oceano, com mini arquipélagos, cercados por barreiras naturais de corais e pedras vulcânicas. A garantia de águas muito azuis, muito calmas, com temperatura amena e de uma biodiversidade toda particular. O hotel foi criado por Marlon Brando (1924-2004) em 1962, quando o ator esteve ali para rodar o longa O Grande Motim, visando um refúgio ecológico que acabaria se tornando um dos maiores esconderijos para ricos e famosos.
Atualmente, o The Brando é frequentado por Leonardo DiCaprio, Beyoncé e Junior Lima, que vão para lá não apenas por se tratar de um refúgio paradisíaco e exclusivo, mas, especialmente, porque privilegiam o turismo de luxo que não causa impactos negativos ao planeta. Foi nesse destino que a família Obama voou no ano sabático pós Casa Branca, onde passaram um mês enquanto Barack escrevia seu livro de memórias.
Além da profusão de corais, baleias, crustáceos e tartarugas, as águas que cercam o hotel e todo o atol abrigam mais de 170 espécies de peixes. O mergulho – só de snorkel – é uma viagem para um mundo de cores e formas inesquecíveis. Todas as 35 vilas são de baixo impacto ambiental e decoradas com artesanato local, aliás, oficinas com mulheres da comunidade estão entre os programas oferecidos aos hóspedes, e danças e músicas folclóricas são apresentadas com entusiasmo e sem aquele mood “para turista ver”. Pelas ilhas, há ruínas de templos milenares, resquícios de outras civilizações, que adoravam os reis da natureza.
O atual dono, Richard Bailey, afirma que o lugar está perto de se tornar neutro em carbono e auto-sustentável. A eletricidade no complexo, por exemplo, é gerada a partir de painéis solares e biocombustível de óleo de coco, enquanto a água residual é usada para irrigação sustentável. O sistema de refrigeração do resort é baseado em um sistema que retira água muito fria do mar – de 900 metros abaixo da superfície do Oceano Pacífico – para resfriar a água doce e o ar do complexo. Como o sistema de refrigeração é alimentado em grande parte pela pressão da água, ele usa muito pouca energia. O lixo, orgânico ou não, é inteiramente reaproveitado, os produtos de welnnes e beleza são todos biodegradáveis e orgânicos, os ingredientes dos restaurantes vem da horta orgânica local ou de produtores certificados da região. Além disso, é bastante improvável encontrar algum mosquito durante a estadia, graças a um programa de esterilização que reduziu a população desse tipo de inseto em Tetiaroa em pelo menos 95%
Com as praias exclusivas, o hóspede tem a constante sensação de estar sozinho numa ilha deserta. Os passeios em barco (também incluídos na diária) são feitos sempre com pouquíssimos hóspedes por embarcação, mas podem também ser reservados de maneira privativa (pago à parte), culminando com um piquenique customizado e exclusivo montado com todo esmero em uma ilhota do atol. O passeio mais completo, o Tetiaroa Ultimate Tour, explora em um barco de luxo o atol todinho durante meio período, com direito a duas paradas para trilhas guiadas por um naturalista, observação de aves raras, visitas a diferentes motus (pequenas ilhas) e paradas espetaculares para banho sem ninguém à vista, rodeado por tartarugas marinhas e arraias, como se o Taiti fosse só seu. Se depender da consciência do The Brando, o paraíso vai continuar a existir por muito tempo: desfrutar dessa experiência inesquecível vai valer para você e para as suas futuras gerações.