Com investimento de mais de 400 milhões de reais, Hotel Nacional ressurge no Rio de Janeiro
Por Vinicius Belo
Depois de um breve período inativo, o Nacional, hotel que foi queridinho de nove entre dez celebridades nos anos 70 e 80, volta à cena carioca. E a promessa é ambiciosa: retomar os dias de glória de uma época inesquecível! Recentemente reformado, o hotel ganhou ar contemporâneo sem perder, no entanto, o charme de seu projeto original.
Em formato circular, a torre de 33 andares se destaca no skyline do bairro com 412 suítes com dimensões de 33, 66 e 99 metros quadrados, respectivamente, de onde é possível apreciar as vistas deslumbrantes do mar e das montanhas da cidade, com diárias a partir de R$ 550.
Ao entrar no lobby de 3.000 metros quadrados, hóspedes e frequentadores do hotel se deparam com um amplo espaço onde há também um bar e do restaurante do hotel em lados opostos. Originalmente inaugurado em 1972, o hotel abrigou também diversas edições do Free Jazz Festival e memoráveis bailes de carnaval. Mesmo com todo o glamour, fechou as portas em 95. Em 2016, após um investimento de mais de 400 milhões de reais, ressurgiu sob a bandeira espanhola Meliá, mas, dois anos depois, encerrou novamente as operações. Em 25 de setembro de 2019 foram retomadas as operações no empreendimento.
A torre cilíndrica do Hotel Nacional começou a ser construída no final dos anos 60. Esse marco arquitetônico, de 33 andares envidraçados, saiu da prancheta de Oscar Niemeyer. Já os jardins foram concebidos por Roberto Burle Marx. Inaugurado em 72, o hotel disputou com o Copacabana Palace a preferência de um público selecionadíssimo. No Nacional, se hospedaram presidentes, astros de cinema, pilotos de Fórmula 1 e gigantes da música internacional, como B.B. King, Ray Charles, Liza Minnelli e o grupo Jackson Five, ainda com Michael Jackson.
Já no lobby, é possível perceber o estilo inconfundível de Niemeyer. As curvas, os vãos livres sem colunas, as vidraças do chão ao teto, garantem uma atmosfera de elegância e luminosidade. Obras de arte, como o imenso candelabro de Pedro Corrêa de Araújo e o painel de Carybé, composto por 300 peças de concreto armado, foram restaurados e dão ainda mais charme ao lugar.
O interior do Hotel Nacional foi redesenhado para abrigar diferentes modelos de suítes, de 33 a 99 metros quadrados.
Contando com as Suítes Luxo I, Luxo II e Superior, o hotel tem algo que o torna especial: como é um edifício circular, a vista indevassável de 360 graus engloba cartões-postais que só o Rio pode oferecer: o Gávea Golf and Country Club, o Morro Dois Irmãos, a Avenida Niemeyer, as Ilhas Cagarras e a fantástica Pedra da Gávea.
O hotel reabriu pretendendo recuperar o que garantiu seu sucesso no passado: os eventos. A intenção é trazer festas ao livre, shows de música e exposições de arte. Até o centro de convenções, que estava fechado há anos, pretende voltar a operar ali, agora com uma área de vinte mil metros quadrados.
Um dos restaurantes do hotel é o Sereia. Especializado em cozinha mediterrânea, ele divide as atenções e os paladares dos hóspedes com os restaurantes Bardot e Caribé, que mantiveram seus nomes originais.
Retornando com um conceito de resort urbano, o Nacional renasce com uma pegada mais leve e descontraída, bem no estilo carioca. Spa, academia e essa piscina icônica, além de um serviço completo de praia, garantem a sensação de férias eternas.
Roteiro: Diogo Gardoni
Filmagem e edição: Wiggo Berge / Solo Audiovisual
Apresentação: Vinicius Belo